quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Para as pessoas que me perderam...

Para as pessoas que me perderam...

Não foram muitas pessoas que passaram pela minha vida.

Ou melhor, foram sim. Muitas pessoas passaram pela minha vida.  Muitos ex-amigos e ex-amigas.
Ex- colegas e afins.

Foram amizades a lá Soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure".
E muitas foram assim. A maioria.

Essas pessoas não sabiam lidar com adversidade. Com uma ideia contrária. Com uma pessoa pensante. No começo eu cedia, eu inventava, eu não era eu. Mas isso cansa. Cansa ter que ceder. Sempre eu. Então a amizade ruia.
Algumas demoraram, deveras, para ruir. Outras foram esquecidas, e pelo tempo foram consumidas.
Algumas amizades eu ainda levei no peito por longo tempo, achando inocentemente, que éramos ainda amigos.

Eu não tinha nada concreto a oferecer: carro, casa com piscina, pai dono de alguma coisa, tia dona de loja, roupas e sapatos da moda para emprestar. Não conseguia ser fútil o tempo todo, nem tampouco me fazer de "intelectualizada" todo o tempo.
Não conseguia concordar com toda a bobagem que me falavam. Por algum tempo eu concordava, depois eu simplesmente ouvia quieta. Não conseguia prosseguir na prosa, discordando, e mesmo ter um discurso favorável ao da pessoa.

Talvez tenha me aproximado sim das pessoas, das amizades erradas.
Talvez tenha dispensado amizades de pessoas realmente verdadeiras que queriam ser minhas amigas.

Não quero uma amizade que me julgue o tempo todo e que me imponha limites.
Não quero uma amizade que concorde com tudo que digo ou faço.
Não quero simplesmente ser o "orelhão" de alguém que só me procura quando quer desabafar.
Não quero uma amizade que me inveje. Que me difame.

Mas me despi também de fardos.
Fardos desnecessários. Peso extra.

Para essas pessoas eu digo: sigam em paz. Que a sorte lhes seja favorável.
E que não carregue nenhum peso extra proveniente de minha pessoa.
E que eu tenha lhes servido bem.

Que em 2013 eu possa plantar uma nova safra!
Uma safra de amizades verdadeiras.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Meninos! Como se comportar em piscinas, clubes e praia!

Meninos! Como se comportar em piscinas, clubes e praia! ~

Verãozão está aí.
Todo mundo derretendo.
Os homens suados, com os pés ressecados, unhas amareladas, de sandálias ou chinelos.
Algumas vezes sem camisa. Mostrando as tatuagens mal feitas ou desbotada, barriguinhas salientes.
As mulheres? Não muito diferente dessa imagem.

Então que fica todo mundo louco, maluco para se jogar numa piscina, mar, rio, lago e torneira... rss.

E homem é uma praticidade que chega a doer. Uma bermuda e um chinelo e estão prontos.

E eles brincam e brigam como crianças pequenas. Não importa a idade.

As bricadeiras são toleráveis, desde que não machuquem nem incomodem ninguém.

Mas... (sempre o mas) existem aqueles HOMENS, seres do sexo masculino, que não foram adestrados para estarem em locais públicos onde também estão mulheres. Mulheres estas de poucas roupas, trajes de banho, vulgos biquínis ou maiôs.

Primeiro vamos derrubar por terra O GRANDE MITO de que homem não precisa de nada. Anota aí o que homem precisa fazer:
- Se você for o estilo de homem Tony Ramos e invetar de usar sunga é preciso sim dar uma devastada na cabeleira. Não precisa passar máquina zero, mas uma aparada nas regiões certas é legal. E anota aí e grifa: essas aparadas são melhores ainda se feitas regularmente.
- Limpar as unhas do pé e cortar também. Nada de chegar com unhas de águia lá.
- Dar uma lixada na sola do pé é legal, se seu pé tiver aqueles cascões horríveis.
- Tomar um bom banho antes de ir. E sim, passar desodorante.
- Se vai de calção ou bermuda, é necessário usar uma cueca por baixo. Pra quê? Oras para evitar dois inconvenientes:
* Ralar e assar entre as coxas
* Evitar que a bermuda caia e seu "bumbum másculo e peludo" ( e nada sexy) fique de fora.
- Não passe a máquina no corpo todo, fica artificial e alguns homens poderão te chamar de gay.
- Apare sutilmente também os pelos das axilas.
- E pelo amor de Afrodite, compre bermuda ou sunga do seu tamanho. Tem homem (geralmente os mais maduros) que não se inibem com a sunga. Legal. Mas compre do seu tamanho. Tem homem sem noção que só porque acha sexy uma calcinha infantil na Mulher Melancia, acha que ele igualmente ficará pra lá de sexy com uma sunga tamanho PP em seu corpinho manequim 44. É feio, gente. É muito feio.
E alguns meninos mais novos inventam de comprar calção de banho tamanho 2x maior. Acho que é para ficarem mais a vontade ou "disfarçar" a magrice. Não adianta. Deixa mais em evidência ainda. Fora que molhado o tecido fica mais pesado e pode cair.

Bom, chego agora no ponto mais delicado.
Lá no clube, na praia, na piscina, na prainha artificial, na lagoa, etc, é claro que teremos mulheres em traje de banho.
Pessoas do sexo masculino, cuidado.
Não é de bom tom ficar virando o pescoço. Ficar "secando" a mulherada alheia.
Tem homem que diz "eu não torço o pescoço", mas em compensação fica "secando" os seios da mulherada na cara dura. É feio e constrangedor.
Nunca viu mulher, não?
Se controlem.
E cuidado com a idade das mulheres que olham, muitas não tem nem 15 anos completos. Dá cadeia. Dá pai bravo. Dá dor de cabeça.
Outra coisa importante, importantíssima.
Lá dentro da água, nada de ficar tocando "sem querer".
Homem pensa que mulher é burra.
Homem mergulha e vem passando a mão na perna e outras partes...
Fica mexendo os braços.. para tocar os seios...
Que coisa de menino de 11 anos.
Isso é ridículo. Imaturo e nojento. E pode reparar, caras que fazem isso raramente são casados ou têm namoradas. Sabe por quê? Por que são imaturos e nojentos.
E muitos deles leem esses contos eróticos inventados por outros homens que usam nick de mulher, contando histórias ridículas, e ele acredita que realmente existam mulheres que se submetem a situações vexamosas com um estranho na piscina lotada do clube, com um homem que usa sunga tamanho PP...
Depois é mulher que viaja...
Afff!  Sabe aquele momento que sentimos VERGONHA ALHEIA?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pirilampos e serpentes...

Pirilampos e serpentes... Pessoas que brilham e pessoas que não brilham.
 
Um drama é “uma situação ou um acontecimento de grande intensidade emocional”, e está normalmente associado ao teatro, à ópera, ao mundo do espetáculo – um universo onde os sentimentos se querem rentes à pele, e as emoções estão muito mais próximas da boca e do olhar, das fronteiras do corpo com o mundo.

Maria Callas
Ser dramático significa ser excessivo em tudo – no bom e no mau. Acrescenta um tom à vida: mais cor, mais alegria, mais barulho, mais riso e, também, mais choro, mais tristeza, mais densidade. É uma característica de certas pessoas que brilham – Maria Callas, por exemplo, era insuportavelmente dramática, mas o seu talento permitiu-lhe ser uma verdadeira diva. Porém, raras são as pessoas que têm a capacidade de se tornarem divas!

E o drama transforma-se num problema, praticamente insolúvel, quando é necessário conviver com pessoas dramáticas no dia a dia – nas horas banais, nas situações normais, nos lugares comuns. Pessoas dramáticas com vidas anônimas, que querem brilhar em todas as ocasiões, em todos os momentos.


Pessoas dramáticas precisam de plateias e não suportam que mais ninguém brilhe. Lembram a história da serpente que perseguia o pirilampo. Por muito que ele fugisse, a serpente não desistia, e no final do terceiro dia, o pirilampo, já exausto, perguntou:

– Pertenço à sua cadeia alimentar?

– Não. – respondeu a serpente, lacônica.

– Fiz-lhe algum mal? – quis saber o pirilampo, desconcertado.

– Não. – tornou a responder a serpente.

– Então por que é que você quer destruir-me?

– Porque não suporto ver você brilhar.

Há pessoas assim: acham que são o centro do mundo, e não perdoam o brilho dos outros. Onde quer que estejam, causam drama: sofrem, controlam, estrebucham, impõem-se, lamentam-se, chantageiam. Falam mais alto. Querem ter sempre razão. São as coisas do ego!

Nelas tudo é visceral. Não existe meio termo – não há equilíbrio. Há os dias sim e os dias não. Elas possuem uma espécie de bipolaridade incurável, que se arrasta do café da manhã ao suspiro que antecede o sono.

Nada disso significa que essas pessoas sintam um amor maior ou uma dor mais funda. Significa apenas que o excesso transborda de dentro delas e invade o mundo dos outros, de forma bruta, porque elas não têm consciência das fronteiras dos outros.

É difícil sobreviver-lhes – não há paciência ou afeto que resistam.

Porém, o que é verdadeiramente triste é que, na maioria das situações, elas não brilham, porque o cotidiano não comporta esses excessos.

Daisaku Ikeda
Daisaku Ikeda – filósofo, escritor e líder budista japonês – diz que seres que odeiam ser superados, e se ressentem por não ser o centro das atenções, possuem uma mente pequena e ocupam um dos estados mais baixos da existência humana. Estes seres quase sempre trazem o pior à tona: o pior deles e o pior dos outros.

Nelson Mandela
Mas nem todas as pessoas que brilham são dramáticas – e isso é muito melhor. Infinitamente melhor! São pessoas que têm uma luz própria, e não precisam do drama. Bastam-se a si mesmas. São discretas, embora deixem suas marcas gravadas no fundo dos nossos corações – Nelson Mandela, por exemplo.

Estas pessoas que brilham são equivalentes aos pirilampos do mundo dos homens. Pirilampos vertiginosos, com seus voos brilhantes, e seus imensos rastros de luz.

Há pessoas que resgatam o que temos de melhor, e há pessoas que exacerbam o que temos de pior. Sem razão aparente, sem grandes explicações. É simplesmente assim: há pirilampos e há serpentes. Há pessoas que brilham e há pessoas que não brilham. E isso não tem nada a ver com o ruído que fazem. E os melhores de todos são os pirilampos – os que se acendem por dentro e iluminam tudo, sem esforço e sem ruído.
 
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Cara lavada! Sim, você pode!

Eu não sei, não faço ideia de quem foi a alma santa que instituiu que mulher precisa estar maquiada 24h por dia!
Não! Não sou  nenhuma feminista frustrada. Nem muito menos invejosa. E sim. Sei me maquiar (eu acho, rss) e gosto de me maquiar. Quando quero.

E sei bem, não sou inocente nem cega, que uma mulher maquiada chega a ser mais bonita, ou em alguns casos, melhor apresentável...

O que me deixa pensativa é... Realmente precisamos estar maquiadas 24h por dia?
É feio não estar maquiada?
Não se maquiar é sinal de desleixo?

Quando entro numa loja do Boticário eu me aflijo com dois sentimentos antagônicos.
Eu acho lindo aquele ar de glamour das vendedoras. Sempre maquiadíssimas... pele perfeita.
Mas depois... como deve ser chateante ser obrigada a se maquiar...
E fico pensando, como elas seriam de fato, sem todo aquele arsenal bélico...
Mais? ou menos interessantes? Mais? ou menos bonitas?

Cada um faz o que quer, não acha? E usa o que lhe convém... Concordo.

Mas eu penso cá com meus botões, se tudo isso não foi incrustado dentro das mentes femininas e masculinas. Vejo meninas se maquiando como se fossem a bailes, somente para ir a escola. E isso se prolongou, então posso dizer que se maquiam como se fossem a bailes, para irem a faculdade.
Será que realmente elas não sabem como são bonitas?
Será que elas acham que aquilo tudo realmente é necessário?

Há algum tempo vi um documentário de um antropólogo dizendo que na Natureza (com N maiúsculo) são os machos que são mais "enfeitados". E tudo isso tem um propósito: facilitar o acasalamento. São os pombos que têm as penas mais coloridas, o pavão macho também, são os machos que fazem piruetas para chamar a atenção das fêmeas, ou cantam.... enfim. São eles.
E nós, na nossa infinita capacidade de modicar e alterar... conseguimos alterar isso também... Frases do tal antropólogo. Traduzo e resumo: hoje são as fêmeas da espécie humana que se pintam e fazem piruetas.
Achei meio extremista, mas fez um sentidozinho pra mim.




sábado, 15 de dezembro de 2012

Amizades não amigas...

Quando eu era mais jovenzinha tive uma "amiga" que não era muito minha amiga não.
Estudamos juntas, na mesma classe, até o antigo 2º grau, desde a 5ª série.
Ela era gordinha e eu? Magra.
Essa amiga sempre me fez acreditar que eu era mais magra do que realmente era. E ela fazia isso de propósito. Eu na época não percebia que ela fazia isso maliciosamente. Com certeza ela tinha os motivos dela. E deixo-os sob suspeita do leitor. Mas o caso é que passei por algum tempo complexada com minha "magreza". E até cheguei a comprar calça de número maior a fim de poder usar outra calça por baixo para "encorpar". Essa amiga era tão crítica comigo, que até com minhas pernas de fora ela implicava. E confesso que tenho até hoje um certo "medo" (ou vergonha?) de usar shorts ou saia. Só fui "me ligar" sobre essa amizade falsa depois que uma amiga da minha mãe percebeu e comentou comigo que essa amiga era invejosa e que não era minha amiga. Era só uma colega de escola que para se sentir importante ou bonita me rebaixava.
Nos afastamos.
O que acontece é que mesmo estando adulta e senhora de mim há algum tempo passei por situação semelhante. Não. Ninguém criticou minhas roupas ou meu cabelo. Isso não me aflige mais.
Mas me decepcionei com uma amizade.
Também fui alertada por uma terceira pessoa sobre essa (ini)amizade.
A pessoa é destas que gostam de bajulação. E quando eu gosto da pessoa eu não ligo de bajulá-la. Até faço gosto.
Éramos amigas, confidentes... e ela sabia absolutamente tudo sobre minha rotina, meu dia-a-dia.
Me aconselhava...
E de uma hora pra outra essa pessoa começou a me atacar. E não foi de uma hora pra outra! Essa é a verdade; Eu que me dei conta tarde demais. A terceira pessoa (uma amiga muito amiga) quem me alertou sobre os ataques histéricos da outra.
E fui percebendo... que realmente a "treta" era comigo. A coisa começou pela internet. Era muito explícito.
Se eu publicava "oi" a pessoa já vinha com pedras e paus na mão. Questionava até minhas vírgulas.
Mas se qualquer outro mortal publicasse "oi" ela era a mais simpática e amável.
Com isso, lógico, fui me afastando. Lentamente. Para a pessoa não perceber.
Com pessoas assim não podemos cortar os laços repentinamente.
Até que por completo, ela me perdeu.
Perdeu minha companhia nas madrugadas, nas noites, nas tardes de domingo.
Mas há quem se pergunte o que eu fiz para que ela se comportasse de maneira tão diferente.
Eu também me fiz essa pergunta.
Acho que comecei a pensar por mim mesma. Comecei a não concordar com certas coisas que ela fazia e falava. Com suas manipulações. Seus ataques histéricos. Ela tinha uma tendência egoísta e mimada de diminuir o problema e a dor alheia, a ponto de deixá-las insignificantes. Mas as dela? Eram todas dantescas, enormes, urgentes.
Amizade assim não me interessa.