sábado, 15 de dezembro de 2012

Amizades não amigas...

Quando eu era mais jovenzinha tive uma "amiga" que não era muito minha amiga não.
Estudamos juntas, na mesma classe, até o antigo 2º grau, desde a 5ª série.
Ela era gordinha e eu? Magra.
Essa amiga sempre me fez acreditar que eu era mais magra do que realmente era. E ela fazia isso de propósito. Eu na época não percebia que ela fazia isso maliciosamente. Com certeza ela tinha os motivos dela. E deixo-os sob suspeita do leitor. Mas o caso é que passei por algum tempo complexada com minha "magreza". E até cheguei a comprar calça de número maior a fim de poder usar outra calça por baixo para "encorpar". Essa amiga era tão crítica comigo, que até com minhas pernas de fora ela implicava. E confesso que tenho até hoje um certo "medo" (ou vergonha?) de usar shorts ou saia. Só fui "me ligar" sobre essa amizade falsa depois que uma amiga da minha mãe percebeu e comentou comigo que essa amiga era invejosa e que não era minha amiga. Era só uma colega de escola que para se sentir importante ou bonita me rebaixava.
Nos afastamos.
O que acontece é que mesmo estando adulta e senhora de mim há algum tempo passei por situação semelhante. Não. Ninguém criticou minhas roupas ou meu cabelo. Isso não me aflige mais.
Mas me decepcionei com uma amizade.
Também fui alertada por uma terceira pessoa sobre essa (ini)amizade.
A pessoa é destas que gostam de bajulação. E quando eu gosto da pessoa eu não ligo de bajulá-la. Até faço gosto.
Éramos amigas, confidentes... e ela sabia absolutamente tudo sobre minha rotina, meu dia-a-dia.
Me aconselhava...
E de uma hora pra outra essa pessoa começou a me atacar. E não foi de uma hora pra outra! Essa é a verdade; Eu que me dei conta tarde demais. A terceira pessoa (uma amiga muito amiga) quem me alertou sobre os ataques histéricos da outra.
E fui percebendo... que realmente a "treta" era comigo. A coisa começou pela internet. Era muito explícito.
Se eu publicava "oi" a pessoa já vinha com pedras e paus na mão. Questionava até minhas vírgulas.
Mas se qualquer outro mortal publicasse "oi" ela era a mais simpática e amável.
Com isso, lógico, fui me afastando. Lentamente. Para a pessoa não perceber.
Com pessoas assim não podemos cortar os laços repentinamente.
Até que por completo, ela me perdeu.
Perdeu minha companhia nas madrugadas, nas noites, nas tardes de domingo.
Mas há quem se pergunte o que eu fiz para que ela se comportasse de maneira tão diferente.
Eu também me fiz essa pergunta.
Acho que comecei a pensar por mim mesma. Comecei a não concordar com certas coisas que ela fazia e falava. Com suas manipulações. Seus ataques histéricos. Ela tinha uma tendência egoísta e mimada de diminuir o problema e a dor alheia, a ponto de deixá-las insignificantes. Mas as dela? Eram todas dantescas, enormes, urgentes.
Amizade assim não me interessa.




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