domingo, 6 de janeiro de 2013

Pensamento

Sou Antipática porque não sorrio pra todo mundo na rua.
Sou Antissocial porque não falo com todo mundo.
Sou Grossa porque respondo o que muitos não querem ouvir.
Sou Estressada porque não aguento os mesmos papos e mentiras de sempre.
Sou Estranha porque não faço as mesmas coisas que todo mundo faz.
Sou Revoltada porque tento lutar contra as injustiças do mundo.
Sou Dramática porque tento expor meus sentimentos.
Sou Falsa porque não trato mal quem deveria.
Sou Egoísta porque não divido aquilo que conquistei sozinha com todo mundo.
Sou Dissimulada porque guardo alguns pensamentos comigo.
Sou Mal-humorada porque não me obrigo a ser feliz todos os dias.


Você pode até me dar esses e mais algumas centenas de adjetivos, mas NUNCA vai entender quem eu sou de verdade! 

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Seja bem-vindo 2013!

Não tem sido fácil desde sempre!

Aos que um dia me amaram e por qualquer motivo deixaram de gostar de mim, eu gostaria de dizer que eu sinto muito, mas tudo que eu fiz foi preciso para o meu crescimento.

Atitudes tolas, faltas de atenção, despreparo. Fui fazendo o meu caminho aos poucos e deixando pesos extras para trás. É a força vital agindo em cada um de nós.

Aos que me amam incondicionalmente, muito obrigado. Sei que não sou uma pessoa fácil, mas cada carinho, cada palavra de alento que me deram serviram pra me deixar mais forte.

Aos que me apunhalaram pelas costas, não tenho muita coisa a dizer. Somente que perderam a chance de conviver com uma amiga fiel. Vocês perderam e me deram a oportunidade de enxergar como existem pessoas sem caráter neste mundo. Valeu!

Aos sorrisos inocentes que ganhei, obrigada!Aos gritos, meu silêncio! Às palavras duras, aprendizagem! Aos falsos, desprezo! Aos amores, saudades!

Quando o dia 31 passar, quero reconstruir meu mundo. Alimentar o amor que eu tenho pra dar. Recuperar a paz e a tranquilidade perdidas. Enterrar tudo de mau que colhi em minha vida. E plantar uma nova safra. Mais bem cuidada, mais suculenta.

Que depois do "Cataclisma Maia", eu renasça para uma nova vida. E Que 2013 venha com novas conquistas, novos amigos. Que eu possa distribuir meus sorrisos (os verdadeiros, não esses falsos que distribuem no Facebook) e recomeçar sempre... como uma pessoa melhor!

 

Texto baseado no de Deyse Chagas.

http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2142-20121219

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Para as pessoas que me perderam...

Para as pessoas que me perderam...

Não foram muitas pessoas que passaram pela minha vida.

Ou melhor, foram sim. Muitas pessoas passaram pela minha vida.  Muitos ex-amigos e ex-amigas.
Ex- colegas e afins.

Foram amizades a lá Soneto de Fidelidade de Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure".
E muitas foram assim. A maioria.

Essas pessoas não sabiam lidar com adversidade. Com uma ideia contrária. Com uma pessoa pensante. No começo eu cedia, eu inventava, eu não era eu. Mas isso cansa. Cansa ter que ceder. Sempre eu. Então a amizade ruia.
Algumas demoraram, deveras, para ruir. Outras foram esquecidas, e pelo tempo foram consumidas.
Algumas amizades eu ainda levei no peito por longo tempo, achando inocentemente, que éramos ainda amigos.

Eu não tinha nada concreto a oferecer: carro, casa com piscina, pai dono de alguma coisa, tia dona de loja, roupas e sapatos da moda para emprestar. Não conseguia ser fútil o tempo todo, nem tampouco me fazer de "intelectualizada" todo o tempo.
Não conseguia concordar com toda a bobagem que me falavam. Por algum tempo eu concordava, depois eu simplesmente ouvia quieta. Não conseguia prosseguir na prosa, discordando, e mesmo ter um discurso favorável ao da pessoa.

Talvez tenha me aproximado sim das pessoas, das amizades erradas.
Talvez tenha dispensado amizades de pessoas realmente verdadeiras que queriam ser minhas amigas.

Não quero uma amizade que me julgue o tempo todo e que me imponha limites.
Não quero uma amizade que concorde com tudo que digo ou faço.
Não quero simplesmente ser o "orelhão" de alguém que só me procura quando quer desabafar.
Não quero uma amizade que me inveje. Que me difame.

Mas me despi também de fardos.
Fardos desnecessários. Peso extra.

Para essas pessoas eu digo: sigam em paz. Que a sorte lhes seja favorável.
E que não carregue nenhum peso extra proveniente de minha pessoa.
E que eu tenha lhes servido bem.

Que em 2013 eu possa plantar uma nova safra!
Uma safra de amizades verdadeiras.


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Meninos! Como se comportar em piscinas, clubes e praia!

Meninos! Como se comportar em piscinas, clubes e praia! ~

Verãozão está aí.
Todo mundo derretendo.
Os homens suados, com os pés ressecados, unhas amareladas, de sandálias ou chinelos.
Algumas vezes sem camisa. Mostrando as tatuagens mal feitas ou desbotada, barriguinhas salientes.
As mulheres? Não muito diferente dessa imagem.

Então que fica todo mundo louco, maluco para se jogar numa piscina, mar, rio, lago e torneira... rss.

E homem é uma praticidade que chega a doer. Uma bermuda e um chinelo e estão prontos.

E eles brincam e brigam como crianças pequenas. Não importa a idade.

As bricadeiras são toleráveis, desde que não machuquem nem incomodem ninguém.

Mas... (sempre o mas) existem aqueles HOMENS, seres do sexo masculino, que não foram adestrados para estarem em locais públicos onde também estão mulheres. Mulheres estas de poucas roupas, trajes de banho, vulgos biquínis ou maiôs.

Primeiro vamos derrubar por terra O GRANDE MITO de que homem não precisa de nada. Anota aí o que homem precisa fazer:
- Se você for o estilo de homem Tony Ramos e invetar de usar sunga é preciso sim dar uma devastada na cabeleira. Não precisa passar máquina zero, mas uma aparada nas regiões certas é legal. E anota aí e grifa: essas aparadas são melhores ainda se feitas regularmente.
- Limpar as unhas do pé e cortar também. Nada de chegar com unhas de águia lá.
- Dar uma lixada na sola do pé é legal, se seu pé tiver aqueles cascões horríveis.
- Tomar um bom banho antes de ir. E sim, passar desodorante.
- Se vai de calção ou bermuda, é necessário usar uma cueca por baixo. Pra quê? Oras para evitar dois inconvenientes:
* Ralar e assar entre as coxas
* Evitar que a bermuda caia e seu "bumbum másculo e peludo" ( e nada sexy) fique de fora.
- Não passe a máquina no corpo todo, fica artificial e alguns homens poderão te chamar de gay.
- Apare sutilmente também os pelos das axilas.
- E pelo amor de Afrodite, compre bermuda ou sunga do seu tamanho. Tem homem (geralmente os mais maduros) que não se inibem com a sunga. Legal. Mas compre do seu tamanho. Tem homem sem noção que só porque acha sexy uma calcinha infantil na Mulher Melancia, acha que ele igualmente ficará pra lá de sexy com uma sunga tamanho PP em seu corpinho manequim 44. É feio, gente. É muito feio.
E alguns meninos mais novos inventam de comprar calção de banho tamanho 2x maior. Acho que é para ficarem mais a vontade ou "disfarçar" a magrice. Não adianta. Deixa mais em evidência ainda. Fora que molhado o tecido fica mais pesado e pode cair.

Bom, chego agora no ponto mais delicado.
Lá no clube, na praia, na piscina, na prainha artificial, na lagoa, etc, é claro que teremos mulheres em traje de banho.
Pessoas do sexo masculino, cuidado.
Não é de bom tom ficar virando o pescoço. Ficar "secando" a mulherada alheia.
Tem homem que diz "eu não torço o pescoço", mas em compensação fica "secando" os seios da mulherada na cara dura. É feio e constrangedor.
Nunca viu mulher, não?
Se controlem.
E cuidado com a idade das mulheres que olham, muitas não tem nem 15 anos completos. Dá cadeia. Dá pai bravo. Dá dor de cabeça.
Outra coisa importante, importantíssima.
Lá dentro da água, nada de ficar tocando "sem querer".
Homem pensa que mulher é burra.
Homem mergulha e vem passando a mão na perna e outras partes...
Fica mexendo os braços.. para tocar os seios...
Que coisa de menino de 11 anos.
Isso é ridículo. Imaturo e nojento. E pode reparar, caras que fazem isso raramente são casados ou têm namoradas. Sabe por quê? Por que são imaturos e nojentos.
E muitos deles leem esses contos eróticos inventados por outros homens que usam nick de mulher, contando histórias ridículas, e ele acredita que realmente existam mulheres que se submetem a situações vexamosas com um estranho na piscina lotada do clube, com um homem que usa sunga tamanho PP...
Depois é mulher que viaja...
Afff!  Sabe aquele momento que sentimos VERGONHA ALHEIA?

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Pirilampos e serpentes...

Pirilampos e serpentes... Pessoas que brilham e pessoas que não brilham.
 
Um drama é “uma situação ou um acontecimento de grande intensidade emocional”, e está normalmente associado ao teatro, à ópera, ao mundo do espetáculo – um universo onde os sentimentos se querem rentes à pele, e as emoções estão muito mais próximas da boca e do olhar, das fronteiras do corpo com o mundo.

Maria Callas
Ser dramático significa ser excessivo em tudo – no bom e no mau. Acrescenta um tom à vida: mais cor, mais alegria, mais barulho, mais riso e, também, mais choro, mais tristeza, mais densidade. É uma característica de certas pessoas que brilham – Maria Callas, por exemplo, era insuportavelmente dramática, mas o seu talento permitiu-lhe ser uma verdadeira diva. Porém, raras são as pessoas que têm a capacidade de se tornarem divas!

E o drama transforma-se num problema, praticamente insolúvel, quando é necessário conviver com pessoas dramáticas no dia a dia – nas horas banais, nas situações normais, nos lugares comuns. Pessoas dramáticas com vidas anônimas, que querem brilhar em todas as ocasiões, em todos os momentos.


Pessoas dramáticas precisam de plateias e não suportam que mais ninguém brilhe. Lembram a história da serpente que perseguia o pirilampo. Por muito que ele fugisse, a serpente não desistia, e no final do terceiro dia, o pirilampo, já exausto, perguntou:

– Pertenço à sua cadeia alimentar?

– Não. – respondeu a serpente, lacônica.

– Fiz-lhe algum mal? – quis saber o pirilampo, desconcertado.

– Não. – tornou a responder a serpente.

– Então por que é que você quer destruir-me?

– Porque não suporto ver você brilhar.

Há pessoas assim: acham que são o centro do mundo, e não perdoam o brilho dos outros. Onde quer que estejam, causam drama: sofrem, controlam, estrebucham, impõem-se, lamentam-se, chantageiam. Falam mais alto. Querem ter sempre razão. São as coisas do ego!

Nelas tudo é visceral. Não existe meio termo – não há equilíbrio. Há os dias sim e os dias não. Elas possuem uma espécie de bipolaridade incurável, que se arrasta do café da manhã ao suspiro que antecede o sono.

Nada disso significa que essas pessoas sintam um amor maior ou uma dor mais funda. Significa apenas que o excesso transborda de dentro delas e invade o mundo dos outros, de forma bruta, porque elas não têm consciência das fronteiras dos outros.

É difícil sobreviver-lhes – não há paciência ou afeto que resistam.

Porém, o que é verdadeiramente triste é que, na maioria das situações, elas não brilham, porque o cotidiano não comporta esses excessos.

Daisaku Ikeda
Daisaku Ikeda – filósofo, escritor e líder budista japonês – diz que seres que odeiam ser superados, e se ressentem por não ser o centro das atenções, possuem uma mente pequena e ocupam um dos estados mais baixos da existência humana. Estes seres quase sempre trazem o pior à tona: o pior deles e o pior dos outros.

Nelson Mandela
Mas nem todas as pessoas que brilham são dramáticas – e isso é muito melhor. Infinitamente melhor! São pessoas que têm uma luz própria, e não precisam do drama. Bastam-se a si mesmas. São discretas, embora deixem suas marcas gravadas no fundo dos nossos corações – Nelson Mandela, por exemplo.

Estas pessoas que brilham são equivalentes aos pirilampos do mundo dos homens. Pirilampos vertiginosos, com seus voos brilhantes, e seus imensos rastros de luz.

Há pessoas que resgatam o que temos de melhor, e há pessoas que exacerbam o que temos de pior. Sem razão aparente, sem grandes explicações. É simplesmente assim: há pirilampos e há serpentes. Há pessoas que brilham e há pessoas que não brilham. E isso não tem nada a ver com o ruído que fazem. E os melhores de todos são os pirilampos – os que se acendem por dentro e iluminam tudo, sem esforço e sem ruído.
 
 

domingo, 16 de dezembro de 2012

Cara lavada! Sim, você pode!

Eu não sei, não faço ideia de quem foi a alma santa que instituiu que mulher precisa estar maquiada 24h por dia!
Não! Não sou  nenhuma feminista frustrada. Nem muito menos invejosa. E sim. Sei me maquiar (eu acho, rss) e gosto de me maquiar. Quando quero.

E sei bem, não sou inocente nem cega, que uma mulher maquiada chega a ser mais bonita, ou em alguns casos, melhor apresentável...

O que me deixa pensativa é... Realmente precisamos estar maquiadas 24h por dia?
É feio não estar maquiada?
Não se maquiar é sinal de desleixo?

Quando entro numa loja do Boticário eu me aflijo com dois sentimentos antagônicos.
Eu acho lindo aquele ar de glamour das vendedoras. Sempre maquiadíssimas... pele perfeita.
Mas depois... como deve ser chateante ser obrigada a se maquiar...
E fico pensando, como elas seriam de fato, sem todo aquele arsenal bélico...
Mais? ou menos interessantes? Mais? ou menos bonitas?

Cada um faz o que quer, não acha? E usa o que lhe convém... Concordo.

Mas eu penso cá com meus botões, se tudo isso não foi incrustado dentro das mentes femininas e masculinas. Vejo meninas se maquiando como se fossem a bailes, somente para ir a escola. E isso se prolongou, então posso dizer que se maquiam como se fossem a bailes, para irem a faculdade.
Será que realmente elas não sabem como são bonitas?
Será que elas acham que aquilo tudo realmente é necessário?

Há algum tempo vi um documentário de um antropólogo dizendo que na Natureza (com N maiúsculo) são os machos que são mais "enfeitados". E tudo isso tem um propósito: facilitar o acasalamento. São os pombos que têm as penas mais coloridas, o pavão macho também, são os machos que fazem piruetas para chamar a atenção das fêmeas, ou cantam.... enfim. São eles.
E nós, na nossa infinita capacidade de modicar e alterar... conseguimos alterar isso também... Frases do tal antropólogo. Traduzo e resumo: hoje são as fêmeas da espécie humana que se pintam e fazem piruetas.
Achei meio extremista, mas fez um sentidozinho pra mim.




sábado, 15 de dezembro de 2012

Amizades não amigas...

Quando eu era mais jovenzinha tive uma "amiga" que não era muito minha amiga não.
Estudamos juntas, na mesma classe, até o antigo 2º grau, desde a 5ª série.
Ela era gordinha e eu? Magra.
Essa amiga sempre me fez acreditar que eu era mais magra do que realmente era. E ela fazia isso de propósito. Eu na época não percebia que ela fazia isso maliciosamente. Com certeza ela tinha os motivos dela. E deixo-os sob suspeita do leitor. Mas o caso é que passei por algum tempo complexada com minha "magreza". E até cheguei a comprar calça de número maior a fim de poder usar outra calça por baixo para "encorpar". Essa amiga era tão crítica comigo, que até com minhas pernas de fora ela implicava. E confesso que tenho até hoje um certo "medo" (ou vergonha?) de usar shorts ou saia. Só fui "me ligar" sobre essa amizade falsa depois que uma amiga da minha mãe percebeu e comentou comigo que essa amiga era invejosa e que não era minha amiga. Era só uma colega de escola que para se sentir importante ou bonita me rebaixava.
Nos afastamos.
O que acontece é que mesmo estando adulta e senhora de mim há algum tempo passei por situação semelhante. Não. Ninguém criticou minhas roupas ou meu cabelo. Isso não me aflige mais.
Mas me decepcionei com uma amizade.
Também fui alertada por uma terceira pessoa sobre essa (ini)amizade.
A pessoa é destas que gostam de bajulação. E quando eu gosto da pessoa eu não ligo de bajulá-la. Até faço gosto.
Éramos amigas, confidentes... e ela sabia absolutamente tudo sobre minha rotina, meu dia-a-dia.
Me aconselhava...
E de uma hora pra outra essa pessoa começou a me atacar. E não foi de uma hora pra outra! Essa é a verdade; Eu que me dei conta tarde demais. A terceira pessoa (uma amiga muito amiga) quem me alertou sobre os ataques histéricos da outra.
E fui percebendo... que realmente a "treta" era comigo. A coisa começou pela internet. Era muito explícito.
Se eu publicava "oi" a pessoa já vinha com pedras e paus na mão. Questionava até minhas vírgulas.
Mas se qualquer outro mortal publicasse "oi" ela era a mais simpática e amável.
Com isso, lógico, fui me afastando. Lentamente. Para a pessoa não perceber.
Com pessoas assim não podemos cortar os laços repentinamente.
Até que por completo, ela me perdeu.
Perdeu minha companhia nas madrugadas, nas noites, nas tardes de domingo.
Mas há quem se pergunte o que eu fiz para que ela se comportasse de maneira tão diferente.
Eu também me fiz essa pergunta.
Acho que comecei a pensar por mim mesma. Comecei a não concordar com certas coisas que ela fazia e falava. Com suas manipulações. Seus ataques histéricos. Ela tinha uma tendência egoísta e mimada de diminuir o problema e a dor alheia, a ponto de deixá-las insignificantes. Mas as dela? Eram todas dantescas, enormes, urgentes.
Amizade assim não me interessa.




terça-feira, 12 de junho de 2012

Otimismo em excesso. Haja paciência...

Existem coisas que me incomodam, me irritam profundamente.
Uma delas são aquelas pessoas excessivamente otimistas.
Não, eu não tenho inveja. E não, eu não alimento dores e lamúrias, apesar de gostar de um teatrinho às vezes.
Mas as pessoas otimistas, extremamente otimistas me irritam. E não é sem fundamento. Ao menos não para mim.

Um dos problemas que há em ser otimista em demasia (demasia, eu adoro esta palavra) é que a pessoa não vê as coisas, os fatos como eles são. Ela muitas vezes deturpa a realidade. Cria, imagina falsas expectativas. E por mais que apresentem a ela elementos comprovados de que algo provavelmente dará errado no projeto dela, ela simplesmente ignora.

Tenho uma amiga e um amigo que são otimistas incorrigíveis. Em grau superlativo. Chega a doer na alma.
A amiga é dessas que simplesmente ignoram os percalços da vida. Não existe problema, e se por ventura vier a existir ela com certeza conseguirá resolvê-lo ou transpassá-lo. Fácil assim.
E não é que você apresente fatos hipotéticos e fantásticos, algumas vezes o fatos são sólidos e concretos. Mas ela simplesmente ignora. Isso não quer dizer que ela tem menos problema ou vive melhor. Longe disso. Ela quase ficou sem ter onde morar devido ao otimismo exacerbado. Ela comprou uma casa na planta, e a contrutora deu até mês x para entregar ( na verdade 7 meses após a assinatura do contrato). E ela simplesmente, mesmo sabendo de casos em que a construtora atrasou de 2 a 5 meses a entrega dos imóveis, ignorou e não renovou o contrato da casa de aluguel em que morava. Nem pediu ou avisou ao dono sobre nada. E o dono achando que ela sairia em fevereiro. Ela ficou nesta casa por 3 meses após o término do contrato. Acontece que o dono da casa havia dado a casa de presente de casamento à filha, e mesmo minha amiga podendo ficar lá por mais um tempo, ela precisou conviver com o incômodo de pedreiros e obras na casa. Esse é um dos casos dela.

O outro amigo é... digamos, o dono da razão. É assim porque ele quer assim. E acontecerá assim e ponto. E se alguém fala algo sobre isso ele já acusa de olho gordo, de "melar" as coisas dele.
Ele também ignora o fato de ter que dar explicação aos pais, dos pais algumas vezes proibirem sua saída, regularem dinheiro. A vida pra ele é leve e branda. Na maioria das vezes. Contudo, quando algo não sai como o esperado, a Torre dele rui. Ele fica um caco. Entra em crise existencial. Ele se nega a enxergar alguns percalços antecipadamente. E qualquer coisa fora dos planos imaginários dele vira uma tragédia grega.

Outro problema (na verdade um dos problemas) em ter amigos assim, tão otimistas é que parece (e às vezes é) que eles nunca nos ouvem, principalmente quando o assunto é pesado e problemático. Parece que eles não têm a "sensibilidade" para nos ouvir. E chega a parecer também que eles não têm a inteligência para nos entender.
Você está lá, falando sobre um dado problema. (E se dê por sortudo da pessoa ainda continuar a conversa com você e não arranjar outro compromisso e/ou mudar repentinamente de assunto).
E a pessoa simplesmente ignora os pormenores importantes. E ela impaciente quer que você resuma, e do nada, resolve todo o problema de uma forma bem tosca. E impossível.

Certa vez, lendo um texto de um conceituado palestrante, ele comentou sobre as pessoas otimistas, pessimistas e as... estratégicas.
E isso nunca saiu da minha cabeça. Mesmo eu tendo uma pequena tendência ao pessimismo, eu me considero estratégica. Simplesmente pelo fato de que eu não me iludo facilmente. Eu não consigo fechar os olhos e ouvidos para promessas internas ou externas. Ou não sei não analisar todo o contexto. E além de tudo, eu sou sim realista.
Uma pessoa estratégica tem sim, como as otimistas em demasia, planos.
As duas pessoas criam mecanismos e ações para realizar esses planos. Mas só a estratégica  sabe (ou antecipa) as dificuldades que terá, e como fará para diminuí-las, ou exterminá-las. E criando antecipadamente esses problemas dificilmente ela será possuída pelo espírito trágico-grego-dramático. Não será fácil pegá-la com "as calças nas mãos" nem abatê-la facilmente.

E sendo estratégica, algumas pessoas me consideram pessimista. Não, não sou. E por ser estratégica, não consigo manter contato com pessoas exageradamente otimistas. Tenho uma amiga que se recusa a aceitar o fato de que algumas pessoas são incondicionalmente felizes, e também não consegue manter um contato com estas pessoas.

E por ser estratégica eu sempre saio de casa uns minutos mais cedo, para ter uma folga no horário. Não confio no trânsito, nem na "boa sorte". Não espero favores de terceiros. Em ambientes hostis eu ouço mais que falo, observo muito. E quando viajo sempre levo roupas de frio e de calor. E sempre trabalho com planos B e C.

Millôr Fernandes defendia: “É melhor ser pessimista do que otimista".

Aquela fabulosa e famosa metáfora do Copo meio cheio e/ou meio vazio. Você conhece?

Como você vê? O que você vê e sente primeiro? O copo meio cheio? Ou o copo meio vazio?

O otimista exacerbado enxergará apenas o conteúdo líquido do copo, e deverá achar que durará a vida toda ou algo ou alguém completará, magicamente, o copo. Ou que será muito fácil conseguir mais água. Talvez até seja., mas e se não for? E se acontecer algum imprevisto?
O pessimista ficará se lamentando sobre a metade vazia. De como ele é azarado de ter um copo tão pequeno. E de como é difícil completar e manter o copo cheio.
E o estratégico? Bem, ele vai calcular qual a capacidade do copo, quanto tempo durará a água, onde ele poderá buscar mais água, etc.

Viva os estratégicos!

segunda-feira, 11 de junho de 2012

CUSTA CARO SER MULHER

Ok. Vivemos num mundo consumista. Extremamente consumista. E todo dia vemos lançamentos de cosméticos, roupas e acessórios. E de repente bate uma vontade imensa de ter os cabelos da Ana Paula Arósio, da Gisele Bündchen ou da Luiza Brunet, de ter o corpo da Nicole Scherzinger, a pele lisa e luminosa da garota da propaganda do creme anti-idade. E por aí vai...

Tirando que todas nós sabemos, às vezes lá no fundo, que nunca (ou dificilmente) aquele shampoo transformará seus cabelos, que aquele creme não funciona na sua pele, que aquele batom não é longa duração, que aquele creme firmador não firma, e que aquela máscara de cílios não aumenta suas pestanas... nós todas vivemos rodeadas por markenting, por desejos e... ilusões.

Alguns psicólogos dizem que mulher se arruma para... outra mulher. Sempre assim. Sempre querendo se sobressair. Tudo bem, eu acho que isso é uma meia-verdade. Quem é mulher sabe do peso do olhar e da aprovação de outra mulher. Ou de repente só uma outra mulher saberia identificar e apreciar certas vaidades femininas. Aliás, nossa imagem é nossa primeira arma. Nem estou falando de sedução. Estou falando na vida mesmo. E eu já senti isso na pele, e quem nunca sentiu? É fato que se você entra desarrumada numa loja desconhecida, provavelmente será mal atendida. Pode-se cogitar aí a autoestima, mas tem muito mais coisa por trás disso. Tem a impressão da outra pessoa sobre você. E em entrevistas de emprego? Pedidos de empréstimo bancário?

A mulher que tem um nível suficiente de vaidade não gasta pouco. E homens em geral desconhecem isso. Desconhecem o gasto e o trabalhão (algumas vezes dor) que dá ser mulher. E alguns até casados nem fazem ideia do que uma mulher precisa para se manter, no mínimo, aceitável. No mínimo, eu disse (escrevi).

Ser mulher realmente custa caro. E nem estou falando das supérfluas. Estou falando de mulher que se cuida. Talvez pelos hormônios ou pela imposição da sociedade, a mulher precisa de maiores cuidados. Mulher que não dorme bem sente os efeitos na pele, no cabelo. Então, acho que nisso, a sociedade pouco influencia...

Poderia elencar aqui diversos produtos que são necessários às mulheres. Mulher precisa de depilação (e de loção calmante pós depilação). E depilação em uma área muito maior do corpo que a ala masculina. Não importa o método de depilação usado, ela precisa. E benditas (e invejadas) as mulheres que não nasceram com pelos. Sim, elas existem. Em quantidade pequenas, mas existem. E algumas precisam de banho de lua, aquela descoloração nos pelos.
Mulher precisa de hidratante corporal. E que seja cheiroso e de rápida absorção. De shampoos e cremes capilares para dar conta do que fazemos com nosso cabelos. Ahhh... os cabelos... mudam de cor (precisamos de tintura), estica e puxa (precisamos de secador e chapinha), progressiva (precisamos de cabeleireira),escova inteligente... coitados dos fios. Daí temos as máscaras de tratamento semanal, os cremes de pentear, creme termo ativado,  silicone para as pontas, vitaminas...
Mulher precisa de cremes e mais cremes faciais. Esfoliante, creme calmante, loções diversas. Máscaras faciais. Creme demaquilante...
Mulher precisa de pinça. Mulher precisa de acetona. Claro, para tirar o esmalte. Precisa de lixa de unha.  De lixa para a sola do pé. Mulher precisa de esmalte. E não conheço mulher, por mais simples que seja, que não goste de esmaltes. Mulher precisa de espátula e alicate para as unhas (para as cutículas na verdade). Por mais que elas visitem o salão toda semana, é bom ter um kit de emergência em casa.
Mulher gosta de perfume. E quem não gosta de mulher perfumada?
Mulher tem que gostar de filtro solar. Ninguém quer chegar aos 45 anos com aparência de 60.

E nem vou adentrar no item maquiagem, porque mulher precisa de maquiagem. E ponto. Nem que seja batom. Não digo que elas precisam estar maquiadas 24h por dia, mas um batom já faz a autoestima da mulher dar uma subidinha. As mais loirinhas que o digam.
E ainda existem os tratamentos específicos: limpeza de pele, anticelulite, antiestrias, tratamento com dermatologista contra manchas, pelos, etc. E tratamento hormonal, ortomolecular, etc. E acredite, tudo no final costuma fazer grande diferença.

E quanto roupas e acessórios? Bem, também não vou adentrar neste item tão extenso. E contraditório.
E ser mulher custa caro.
E ainda temos que aturar aquela perguntinha cretina: "Pra quê tudo isso?" Ahhh...pobre do homem que pensa isso. Coitado dele se não fossem todos esses "segredos femininos". Provavelmente ele deve achar que as mulheres belas que vê na tv ou em revistas, são belas, por mágica e naturalmente. Nasceram e permanecem assim por dádiva divina. É... mas até elas precisam de MANUTENÇÃO. Pensam também que elas não gastam horrores em academia, alimentação, e tratamentos caríssimos. Certo dia eu ouvi um homem falar "Nossa! O que eu não faria se eu pegasse uma mulher dessa..". Ele se referia a Dani Souza, a Mulher Samambaia. Eu pensei na hora "Você não faria nada, porque provavelmente uma mulher dessa gasta o seu salário só pra manter a bunda dela".

Existem os homens descrentes, aqueles que acham que mulher fica igual com ou sem vaidade. Com ou sem cuidado. Você se lembra ou sabe quem é Norma Jean? Pense um pouco... tic-tac, tic-tac...
Um dos ícones de beleza de todos os tempos.
É... mas quando era apenas Norma Jean (clique no link) não fazia sucesso. Duvido que o presidente dos EUA se aproximaria dela. Mas de Marilyn Moroe todos lembram, né?! Veja aqui e aqui.
Elas são uma mulher só. A mesma mulher. Não que Norma fosse mais feia que Marilyn. Não. Mas a última era mais... digamos, apetitosa. E o que um bom trato não consegue fazer, não? Tintura, alisamento, tratamento, roupas, acessórios...
Eu adoro esta foto dela aqui.
Temos muitos exemplos nacionais também. Muitas fotos circulam com antes e depois da fama. A ex-dançarina Carla Peres é um exemplo clássico.

Existe um ditado "mulher que não se enfeita se rejeita", e um irmão do meu avô dizia sempre que mulher sem maquiagem é igual comida sem tempero, rs. E ainda têm os homens que gostam sim, das mulheres bem arrumadas e vaidosas, desde que não sejam a deles. Mas isso é um outro assunto... Isso me lembrou aquele texto maravilhoso de Marina Colassanti Para que ninguém a quisesse. Vale a pena lê-lo.
E também me veio à cabeça um texto que rolou pela internet tempos atrás Porque os homens devem pagar a conta. Longe de defender algo assim... mas o texto é bem "interessante" e quase toda mulher se enxerga nele.

E além de custar caro ser mulher... demanda tempo e paciência. Mútua, às vezes. rsss






sexta-feira, 8 de junho de 2012

Mulher moderna x Serviços Domésticos


A mulher conseguiu várias conquistas ao longo dos anos, décadas e séculos.
Umas que vieram para seu bem, e outras que vieram para... seu mal.

Hoje a mulher dita moderna tem seus direitos garantidos pela constituição. É consciente de seus direitos  e sabe reivindica-los quando necessário, na maioria das vezes.

Não obstante, vivemos certos paradoxos na vida agitada e moderna.

Tenho me deparado com um grupo muito grande de mulheres em diversas faixas etárias emitindo verborragias a respeito dos trabalhos domésticos.

Sim, eu como mulher devo confessar que não gosto de estragar minhas unhas lavando louça.
Não gosto de ter a responsabilidade (às vezes exclusiva) de mantenedora da ordem (ou caos, rsss) do meu lar. Não gosto de ser a responsável pela cozinha, porque existem momentos que queremos ficar de pernas pro ar, literalmente.
Não quero passar meus fins de semana cozinhando, lavando e limpando. Não quero passar minhas noites de segunda-feira passando roupa em frente a TV. Não quero ter que descongelar a geladeira, nem limpar as janelas e vidros (eca!).

Hoje vejo as mulheres dizendo em alto e bom som que nunca lavaram as próprias calcinhas. E têm orgulho disso.
Se vangloriam ao dizer que não sabem fritar ovo, não sabem fazer um arroz.
Não sabem cozinhar, nunca chegaram perto de uma batedeira.
Não sabem e nem pretendem saber como se faz uma macarronada a carbonara. Não que isso seja lei. Não é. Longe disso.
Mas isso tudo me mostra o outro lado da moeda: homens bossais. Daqueles que não sabem trocar a borrachinha da torneira.
Que se atrapalham ao trocar uma lâmpada. Que não conseguem pregar um prego bem-feito.

Voltando às mulheres, eu não sei de onde surgiu a ideia que ela seria menos mulher e estaria renegando seu posto de mulher moderna se soubesse "pilotar um fogão".
Ser mulher moderna de verdade, pra ser mulher moderna de verdade, ela deveria ter uma secretária do lar. E ela não deve assumir publicamente que sabe lidar com afazeres domésticos. E se possível, deve se recusar a aprender.

Estão utilizando o método da "Envergatura da Vara". Não encontrando o equilíbrio.
E o que falta no momento é o equilíbrio.

E eu que sempre achei super feminino saber cozinhar pratos diversos.
Seduzir o namorado pelo estômago e não só pelo estômago... rs.
Sempre gostei de deixar meu lar doce... limpo e mágico.
Não dispensaria a ajuda de uma secretária do lar, aliás, ela muitas vezes é imprescindível, mas a ponto de achar que não saber cozinhar e limpar te faz uma mulher moderna  e independente...
Ahhhhhhhhhhh.... tá longe disso.... muito longe....