segunda-feira, 13 de junho de 2011

Extração do dente siso ou 3º molar. Meu diário

Diário da minha extração do dente siso (3º molar da direita)
Esse dente resolveu aparecer em fevereiro deste ano. Somente uma pontinha branca. Uma dor leve que sumia com um Dorflex por dia. Chegou a travar parcialmente minha mordida. Não conseguia abrir a boca. Durou uma semana e não apareceu mais.
Até que ...
Começo de junho a dor ressuscitou. Mais forte, mais persistente. Como toda dor de dente: uma dor chata. Mas essa dor de agora não passava com nada. Nem com Cataflan, nem com Dorflex, nem com xilocaína. Era realmente uma dor aguda, interna. Que provocava uma bela enxaqueca. E novamente querendo travar minha mordida.
Na sexta, dia 10, minha paciência esgotou. A dor era muito intensa. Mas já era noite e resolvi ser “machona” e aguentá-la.
No sábado passei o dia todo praticamente dopada. A dor aliviava mas não sumia. Dormir era um milagre. A dor aumenta muito de noite.
Domingo idem. Tentei de tudo: gargarejos frios, gargarejos mornos, gargarejos com vinagre e sal, fiz até bochecho com pinga, mas nada resolvia.
Na segunda, era 8h10 e liguei para um dentista. Ele podia me atender às 9h. Fui até ele. Olhando para meu dente inflamado disse que não poderia mexer nele assim. Saí desconsolada. Fui em outro dentista que me disse que só poderia fazer a extração na sexta-feira, pois estava com a agenda lotada. Resolvi então ir a um terceiro dentista. Era quase 11h. Ele me atendeu prontamente. Tirou uma “chapa” do dente. Verificou a inflamação. E disse que não estava assim tão inflamado e que poderia fazer a extração naquele momento mesmo. Topei na hora.
Fiquei muito feliz com a atitude e otimismo dele. Logo ele veio com a anestesia. Mesmo doendo pacas no inicio depois me causou um conforto. Finalmente  o dente parou de doer.
O dentista precisou tirar a gengiva que cobria parte do dente. E logo após começou o processo de extração. Puxa daqui, empurra de lá. Troca de instrumento. Muito sangue. O dente não saía por nada. Meu maxilar doeu pacas. Abrir demais a boca dói em mim. Fora a força que o dentista fazia. Chegou uma hora que a anestesia começou a ficar fraca. Não que eu sentisse dor, mas já estava incomodando as investidas do dentista. Senti que meu dente começou a ficar bambo. Bem mole. E ... eis que de repente ele puxa e meu dente sai. Que lindo. Quer dizer, que feio. Muito feio. Grande. Dismorfo. O que ele estava fazendo lá? Isso era meio dia.
O dentista deu alguns pontos. Eu nesse momento não sentia dor alguma. Estava apenas assustada e cansada de ficar com a boca aberta.
Levantei, o dentista me passou a prescrição médica (Nimesulide, Azitromicina e Paracetamol) e explicou que eu não poderia mastigar nada nesse dia e falar muito pouco.  E também não comer nada quente. Me indicou bolsa de gelo no local o dia todo a fim de dimuir o inchaço e o sangramento.
Fui embora guiando minha moto. Passei na farmácia e comprei os medicamentos, incluindo o Toragesic por conta própria. Este medicamento é muito potente para acabar com dores fortes e agudas. Comprei por precaução.
Em casa mesmo morrendo de fome resolvi  só ingerir um pouco de iogurte. Tomei os medicamentos conforme prescrito e me joguei na cama. Três travesseiros para elevar a cabeça, a bolsa de gelo e muita paciência.
Sentia o gosto de sangue na boca ainda. E uma dor muito chata. Mas nada comparada a dor do dente de antes. Essa pelo menos era uma dor de alívio. Uma dor que me custou R$ 290,00. Foi esse o preço pelo serviço.
Estava feliz por não ter inchado.
Era 18h quando resolvi levantar da cama e ir tomar banho. Fiquei triste. O inchaço da cirurgia já estava começando a aparecer. Que droga. Bom... pelo menos a dor era suportável. Não tive nem coragem de olhar a cirurgia no espelho. De olhar o rombo ...
Ainda preciso tirar o siso do lado esquerdo.
Haja coragem!

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